- Área: 100 m²
- Ano: 2017
-
Fotografias:Andre Klotz
Descrição enviada pela equipe de projeto. A mostra de mobiliário, Forma e L’Atelier: um recorte do design moderno paulistano com o projeto expográfico assinado pelo MNMA studio a convite da casa- galeria Apartamento 61, passa pelos anos 50, 60 e 70, e não tem a pretensão de ser uma exata reconstituição histórica. A intenção é criar e estabelecer diálogos entre a Forma e a L’Atelier, e recontar – através de móveis, fotos, arquivos e depoimentos – a história dessas duas fábricas, que abriram suas portas nos anos 50 na cidade de São Paulo.
O Local da mostra foi em uma das primeiras casas modernistas, idealizada pelo artista Victor Brecheret em torno de 1939 e que posteriormente passou por uma intervenção assinada pelo arquiteto Rino Levi, atualmente funciona como uma casa-galeria com curadoria do casal André Visockis e Vivian Lobato, com um acervo refinado de mobiliário e que atende colecionadores do mundo todo.
A própria casa se tornou o partido do projeto. O "esqueleto" de frames metálicos retirados dos próprios ângulos da estrutura formou uma instalação que dialoga com o espaço permitindo que a própria arquitetura original guie o Expográfico e todo o mobiliário exposto ganhe uma forte expressão.
A história do design moderno paulistano está fortemente ligada ao fim da Segunda Guerra Mundial.
O ponto de partida desta exposição é a virada dos anos 1940 para 1950, com a chegada do italiano Carlo Hauner e do polonês Jorge Zalszupin ao Brasil. Nessa época, o país passava por grandes transformações no campo industrial e na urbanização das cidades, em especial no eixo Rio-São Paulo, na tentativa de construir um Brasil moderno.
Junto às mudanças pelas quais o Brasil passava, parte dos estrangeiros que se fixou em São Paulo aliados a empresários, promoveram iniciativas importantes na metrópole, que vivia uma efervescência cultural com a abertura do MASP, do MAM e das primeiras Bienais.
A arte e a arquitetura já expressavam o modernismo. Em paralelo, surgiu a necessidade de um mobiliário que conversasse com essa nova proposta estética. O cenário de São Paulo era favorável e foi essencial para a condução de novas experiências de artistas e arquitetos, que se aventuraram como empresários na tentativa de desenhar móveis para ambientes modernos. Entre elas estão a Forma, fundada por Carlo Hauner e a L’Atelier, de Jorge Zalszupin.
Tanto na Forma, como na L’Atelier, percebe-se uma ruptura com o antigo e com os “móveis de estilo”. O pensamento moderno e ao mesmo tempo muito dinâmico que acompanhou as mudanças socioeconômicas que o país passava, a aposta na difusão do mobiliário moderno a partir da produção de móveis seriados, e por fim a influência e sucesso na importação do design internacional, que colocou o Brasil em contato com grandes nomes do design mundial.